Brasil reprocessou 98,2% das embalagens consumidas em 2009
A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) informam, em nota ao mercado ontem, que o país reciclou 98,2% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mercado interno, em 2009.
Segundo dados das duas entidades, foram recicladas no ano 14,7 bilhões de embalagens, o correspondente a 40,3 milhões por dia ou 1,7 milhão por hora.
Esse resultado mantém o Brasil na liderança mundial desde 2001. Em 2009, o volume de latas coletado foi 19,9% maior que o registrado em 2008, enquanto as vendas de latas de alumínio para bebidas cresceram 12% no mesmo período.
O diretor-executivo da Abralatas, Renault Castro, destaca que a indústria fabricante de latas de bebidas tem acompanhado o aumento da demanda, investindo nos últimos dois anos mais de US$ 520 milhões:
- Esses investimentos aumentarão em 52% a atual capacidade instalada do setor, elevando-a para 25,5 bilhões de latas/ano - ressalta.
Para o coordenador da Comissão de Reciclagem da Abal, Henio De Nicola, o índice de reciclagem de 2009 acompanhou o aumento da disponibilidade de latas no mercado interno, por conta do maior consumo.
- O cálculo também agregou a sucata de lata que não foi absorvida pela indústria de reciclagem em 2008, a qual ficou retida nos depósitos em decorrência da queda do preço devido à crise econômica a partir do final de 2008 - observa.
A reciclagem de latas de alumínio para bebidas movimentou no ano de 2009 cerca de R$ 1,3 bilhão. Somente a etapa de coleta injetou R$ 382 milhões na economia nacional, o equivalente à geração de emprego e renda para 216 mil pessoas.
Além dos benefícios sociais e econômicos, a reciclagem de latas de alumínio também favorece o meio ambiente. O processo de reciclagem utiliza apenas 5% da energia elétrica e libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa quando comparado com a produção de alumínio primário.
Consumo doméstico de produtos do metal aumentou 25,5% em setembro
Ainda segundo a Abal, o consumo de chapas, folhas, extrudados e fios/cabos de alumínio - que juntos representam 75% do consumo doméstico total - aumentou 25,5% em relação a setembro de 2009. Já no acumulado janeiro-setembro de 2010, houve crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
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